terça-feira, 25 de outubro de 2011

felicidade e satisfação

O que esperamos da vida?

Com certeza, sermos felizes, o que implica alegria duradoura, tranqüilidade e realização. Todos querermos nos dar bem, ir além da simples sobrevivência e viver plenamente, com intensidade. Procuramos uma zona de conforto segura onde possamos nos instalar, fincar raízes e nos desenvolvermos. Esse conforto pode ser fornecido por um relacionamento, família, dinheiro, satisfação profissional... Não importa. Sempre estamos buscando isso.
Entretanto algumas pessoas tornam-se tão egoístas que são capazes de passar por cima de qualquer coisa, seja ela uma regra ou uma pessoa, para realizar seus desejos. Pessoas assim, vazias de ética e compromisso com os outros, estão por toda parte; igrejas, instituições e empresas, casa ao lado ou em nossas próprias casas... Com elas por perto nunca estamos seguros e temos nossos interesses e zona de conforto pessoal ameaçados.
Infelizmente, pessoas assim empestam nosso poder público, desviando verba, praticando tráfico de influência e empregando familiares em cargos que deveriam ser concursados. Não importam, nem de longe, os danos que eles venham a causar à sociedade, eles continuarão a abusar de sua falta de ética em prol de seus interesses particulares, mesmo que isso traga nossa nação à ruína.

Mas voltemos aos outros, às "pessoas de bem". Essas, sim, merecem nossas análises e atenção. Freud, ninfomaníaco que era, disse que todas as atitudes humanas convergiam, inconscientemente, para apenas uma finalidade: o sexo! Ou seja, estejamos trabalhando, comendo, estudando, não importa, tudo isso fazemos buscando transar. Para esse psicanalista, o sexo define o prazer, e por isso é tão importante para a satisfação do ser humano.

Eu discordo: primeiramente, somos animais, e estes lutam, todo o tempo, por uma coisa, a sobrevivência. O coito para eles não necessariamente traduz o prazer, mas é uma atitude instintual qualquer. Por sermos racionais e desenvolvidos, não mais brigamos pela sobrevivência, mas escolhemos o que fazer e como viver nossas vidas de acordo com o que concebemos ser mais lucrativo. Isso não significa que trocamos a sobrevivência pelo sexo, apenas que temos uma vida com maior complexidade e leque de opções. Em vez do sexo, podemos dizer que fazemos tudo em prol do prazer. Por isso escutamos músicas, vamos ao cinema, comemos comidas gordurosas, viajamos, compramos e... fazemos sexo. Queremos bem-estar, sentir-nos bem, satisfeitos. Também é por isso que vamos à academia, fazemos plásticas, nos maquiamos etc.
Tudo o que queremos é auto-estima e realização. Sem elas, adoecemos, nos revoltamos e ficamos deprimidos e até depressivos. Todos têm direito à sua parcela de felicidade e realização, é um direito humano justo. Sábia é a constituição norte-americana, que já tendo percebido isso com um direito, decretou: “todos têm o direito de buscar a felicidade”, ou, mais precisamente: “every living soul has the right of pursuiting happiness”.
Por Diego Magalhães

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