quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Segundo artigo sobre paradigmas estéticos

Feio e polêmico II
Hoje falarei sobre desordem alimentar em jovens de classes média e alta. Depois de discutir e depreciar os maçantes padrões estéticos atuais, venho falar da imposição de hábitos alimentares não saudáveis para pessoas obcecadas em perder peso.
Essa polêmica me chamou atenção enquanto assistia o décimo sexto episódio da primeira temporada da série norte`-americana Glee, onde uma personagem negra, acima de peso, mas absolutamente linda e com uma voz extremamente potente, entra para o time de líderes de torcida e é forcada a perder 6 quilos em duas semanas. Ela fica sem comer (o que não garante emagrecimento e, quando ela voltar a comer, seu organismo vai absorver ¾ a mais do que costumava absorver, prevendo outro possível período de inanição ou subalimentação) e, depois de alucinar com todos os seus amigos vestido com fantasias de comidas gordurosas, desmaia.
Sendo Glee uma série musical, Merecedez canta uma música linda (depois de chorar e se arrepender) de Christina Aguilera, “Beautiful” que diz “de vez em quando fico insegura com tanta dor, fico tão envergonhada. Tentando incessantemente preencher o vazio, mas a peça desapareceu e deixou o quebra-cabeça incompleto. Mas você é linda em todos os aspectos; palavras não podem lhe deixar para baixo”. Ainda, a canção fala das pequenas belezas do dia a dia.
Ainda, é interessante notar a personalidade da Mercedez antes desses princípios anoréxicos: uma menina transbordante de auto-estima e de vida, orgulhosa de sua cor e muito satisfeita com seu corpo. Entretanto, na escola onde estuda, a MacKinley High, ela sofria ostracismo e parecia não se encaixar em nenhuma lugar além do grupo do coral (glee club). Por esse motivo, ela quis entrar no clube das líderes de torcida (Cheerio’s club) e passar por uma dieta radical. É triste que uma menina tão maravilhosa como ela tenha que se transmutar em outra pessoa para se encaixar numa escola de Ensino Médio
Ela é apenas um retrato alegórico do drama pelo quais muitos adolescentes têm passado ultimamente. Todos nós conhecemos alguém que sofre ou já sofreu com transtornos alimentares, pois é fruto da imposição imperdoável e generalizada de dogmas comerciais e publicitários inventados por empresas capitalistas. Campanhas em escolas e na mídia deveriam conscientizá-los e adverti-los sobre os inúmeros males dessas doenças psicossomáticas. Ainda, famílias e escolas devem trabalhar com eles com acompanhamento psicológico e não tolerar o bullying relacionado a essa questão.
É absurdo conceber que pessoas bonitas não são bonitas. É triste e depreciativo, caracterizando um preconceito e gerando segregação, depressão, revolta, síndromes de ansiedade como bulimia e anorexia etc. Ser extremamente magro é tão insalubre quanto ser obeso. Devemos sim, prezar pelo peso equilibrado (nem demais, nem de menos), mas sempre observando nossa saúde e, conceber, que certas pessoas são felizes com seus “quilinhos a mais” e até saudáveis também.
Como referido no texto anterior, tudo é uma questão de padrões estéticos forjados pela sociedade. Na Idade Média, mulheres magras eram consideradas feias e pobres. As que se alimentavam bem e tinha muitas curvas eram apreciadas.
A sociedade deve pensar melhor em seus valores! Que tipo de cidadãos justos e éticos seremos se damos valores à vã vaidade e exclusão social? Tudo isso é mais que absurdo e deprimente. Espero que tenha aberto, mais ainda, as mentes quadradas de vocês, leitores, e espero que mudem seu comportamento e influenciem outros. Muito obrigado pela atenção.
Por: Diego Magalhães

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