quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Artido de Opinião sobre políticas de "combate à seca"

Aridez
Seca é sinônimo de sertão em nosso ridículo país. Uns culpam o El Niño, outros o Planalto da Borborema, outros a política. Todos são causas muito plausíveis. Porém, neste texto veremos que, se o governo quisesse, todas as características climáticas adversas poderiam ser contornadas e o interior poderia prosperar.
A indústria da seca, que beneficia bastante a classe política, já poderia ter acabado, haja vista todas as tecnologias que podem prever as secas e atenua-las fornecimento artificial de água. Entretanto, ela mantém o “curral eleitoral” no Sertão, conferindo votos e mão-de-obra excessivamente barata, enquanto os políticos apenas mandam cestas básicas, carros-pipa e muitas promessas. Não deveria existir políticas de “combate à seca”, mas sim políticas que auxiliassem o convívio com  ela.
Ao redor do planeta há centenas de exemplos de localidades com climas mais áridos e difíceis que os nossos, mas que conseguiram contornar as variantes climáticas e, hoje, possuem alta produção agrícola e industrial. Esses exemplos de superação constestam teorias que dizem que abaixo da Linha do Equador não se prospera devido ao clima.
Israel é um bom exemplo, o qual contornou a aridez e escassez de água – os conflitos em Golã e Faixa de Gaza ocorrem porque esses locais são fontes hídricas raras naquela região – e hoje, com os kibutz produz gêneros agrícolas e industriais de altíssima qualidade para todo o mundo.
Um grande problema da população brasileira e o comodismo. É raro vemos manifestações e protestos (exceto pelas constantes greves, as quais podem, de certa forma, dignificar preguiça da classe trabalhadora). É como se um sofá e uma televisão aberta fosse tudo o que o brasileiro precisa para uma vida tranqüila. Não há um movimento abrangente ou consistente que combata, por exemplo, a corrupção no poder público. Apenas assistimos, indignados, mas de braços cruzados, fazendo piadas e nutrindo um ódio mortal pela classe política.
No Sertão, isso não é diferente. Basta uma cesta básica e uma cisterna com pouca água suja para que o camponês esteja satisfeito e o político mau-caráter garanta sua reeleição. É deprimente. Isso tudo enquanto os cofres públicos estão cheios de verbas, as quais poderiam reverter esse quadro e trazer “mananciais ao deserto” – literalmente. Entretanto, isso não é o interessante para os políticos, que não querem uma população rica ou ciente de seus direitos (escolarizada) o que significaria maior criticidade e desconfiança mediante às atuações políticas.
O governo, cúmulo da incompetência, criou um programa de barragens e açudes, premiando fazendeiros que represassem águas nas estações úmidas para utilizá-las nas épocas secas. Entretanto, construir açudes indiscriminadamente “virou moda”, mesmo que estes não tenham qualidade e não sejam suficientes para fazer com que a água dure ate a próxima estação, gerando desperdício e falta de água a outras localidades
Desse modo, vemos que a culpa da seca não é, verdadeiramente, do clima, mas do governo absurdamente omisso e corrupto. Enquanto marginais que comandam o poder roubam bilhões (!), miseráveis vivem – ou melhor, sobrevivem – sem o bem mais importante para a vida, a água, em vidas – não considero vida, mas tudo bem – miseráveis sem perspectivas algumas, sempre conformados e apoiando o líder de seu “curral” e o Polígono das Ecas atinge todos os estados nordestinos (exceto o Maranhão) e norte de Minas Gerais e o Rio Grande do norte definha com apenas 3,30% de disponibilidade hídrica.

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