domingo, 20 de novembro de 2011

Artigo de opinião sobre energia nuclear

Polêmica nuclear

Formas de obtenção de energia elétrica constituem outra polêmica da atualidade que merece ser discutida. Sabemos que o planeta dá seus últimos suspiros devido à grande degradação à qual o temos exposto com tamanha exploração. Parece que desenvolvimento não pode vir associado à preservação e a geração de energia é um exemplo disso; os combustíveis fósseis, além de serem caros e finitos, têm acabado com a atmosfera devido a resíduos gasosos liberados em sua combustão. Há alternativas menos nocivas como a energia eólica, solar, hidrelétrica e nuclear, entretanto não há consenso quanto à sua utilização, principalmente no que diz respeito à energia nuclear. Essa discussão voltou à tona depois do desastre de Fukushima e vale ser explorada aqui.
Alguns países, como a Alemanha, decidiram aposentar suas usinas nucleares. Mas outros estão longe de fazer isso, como o Brasil. Ao meu ver, nosso país estar certo, apesar de hidrelétricas serem uma boa pedida para a nossa matriz energética, a nuclear figura como uma fonte ainda mais limpa e rentável. A energia nuclear lança apenas vapor de água na atmosfera. Cada gigawatt significa menos 60 milhões (!) de toneladas de CO (emissão de usinas termelétricas). É a melhor forma de gerar energia sem agravar o efeito estufa.
Hoje, os 439 reatores instalados em 31 paises produzem cerca de 16% da energia consumida no mundo. Desativá-las poderia fazer a economia mundial entrar em colapso.
Mesmo sendo uma forma de energia cara – a energia em Angra 3 (em construção) custará cerca de R$ 150 o megawatt-hora – mostra-se mais proveitosa pois é mais limpa do que a nossa favorita, a hidrelétrica, que inunda gigantescas porções de terra, desviando cursos de rios e arrasando os ecossistemas locais. É um preço justo a se pagar, ainda mais porque trata-se da forma mais eficiente de energia, o mínimo de matéria-prima gera o máximo de energia.
Ainda, há como amenizar seus altos custos, visto que novas técnicas têm barateado o enriquecimento de urânio para os reatores. Os combustíveis fósseis são finitos, caros e muito poluidores. Outras fontes de energia, como a eólica e a solar, ainda são inviáveis em larga escala.
Sim, a radiação pode ser bem perigosa, constituindo um grave risco às pessoas que vivem nas localidades circunvizinhas e temos registros de grandes catástrofes – o desastre mais famoso, de Chernobyl, 1986, matou mais de 4 mil pessoas de câncer –, entretanto os reatores tornam-se cada vez mais confiáveis. A maioria dos acidentes foi causada por erros de operação e levou a novos mecanismos de controle. Por segurança, toda usina é erguida com prazo fixo de validade.
Sendo a energia nuclear uma fonte energética compensadora, deveríamos nos arriscar a explorá-la mais. Assim, precisaremos de bastante responsabilidade e cautela, pois usinas nucleares são extremamente perigosas e frágeis. Mas, como vimos, o risco vale a muito a pena.

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