domingo, 20 de novembro de 2011

Artigo de opinião sobre o divórcio


Casório?!

O número de divórcios nunca foi tão grande, hoje há 280% mais casamentos desfeitos do que há 25 anos atrás, uma separação acontece a cada 10 horas e a cada 4 horas um divórcio é assinado. Porém, a ilusão de uma vida mais livre e liberal depois de uma separação pode iludir muitas pessoas, levando-as a cometer um dos maiores erros de suas vidas: não persistir em seu casamento.
É ótimo que as pessoas tenham a liberdade de se desvincular de seus parceiros quando seus relacionamentos não mais são capazes de fazê-los felizes. Porém, sobra rebeldia e falta perseverança nos casais de hoje. Pequenas coisas, as quais poderiam ser superadas com conversa e simples mudanças de hábitos, quando acumuladas, tornam-se motivo para separações.
Casamento é uma instituição séria e extremamente importante para a sociedade e as famílias, não deve ser tratado com negligência como tem acontecido. Seu propósito não é prender ninguém ou trazer uma vida de privação e frustração, muito pelo contrário, ele existe para promover a felicidade em conjunto. Não podemos simplesmente descartar um parceiro fora; temos compromissos profundos para com ele e devemos proteger seus sentimentos. Se o fim do relacionamento é a única solução, que aconteça com o mínimo de drama e dor possível.
O maior problema é que muitas pessoas sentem-se como se estivessem perdendo tempo, enquanto permanecem “presos” aos mesmos parceiros por anos. É como se houvesse um mundo inteiro de experiências e liberdade esperando por eles, mas não podem prová-lo, pois possuem esse contrato social, o qual passa a figurar como uma sentença de confinamento, fim da juventude, ingresso para uma vida monótona e limitada.
Entretanto, será que o casamento é realmente assim? Bem, com certeza não deveria ser. A união matrimonial é a síntese de duas pessoas que se amam muito e escolhem ficar juntas para o resto de suas vidas e dividir tudo. Isso implica bastante gasto de energia em uma busca constante por equilíbrio: ambos os lados devem estar satisfeitos. As pessoas precisam entender que não casamos em busca da nossa felicidade, mas para fazer o outro feliz porque o amamos. Essa é a regra e não falha. Enquanto fazemos o outro feliz, ele nos fará feliz. Apesar de ser difícil é simples. Se o mundo está cheio de relacionamentos fracassados e amantes frustrados é porque o egocentrismo faz com que as pessoas pensem sempre em si próprias antes dos parceiros, fazendo o relacionamento ruir. Um relacionamento não pode ser bem-sucedido se for baseado em egoísmo.
Hoje assisti ao clipe musical da Taylor Swift, Mine. A música fala sobre uma paixão que, depois de uma discussão no meio da madrugada, parece ter chegado ao fim. A protagonista (a própria Taylor) sai de casa em direção ao jardim chorando e seu marido a segue. Ela achava que esse seria o momento da despedida – da mesma maneira que seus pais tinham acabado o casamento quando ela era pequena –, mas ele pega seu braço e diz: “I will never leave you alone. Everytime I look at you is like the first time. You are the best thing that is ever been mine. We will make it last” (eu nunca te deixarei só/toda vez que te vejo é como se fosse a primeira vez/você é a melhor coisa que já tive/nós faremos com que isso dure). Eles persistem e têm dois filhos lindos, vivendo felizes para sempre. Tudo isso porque ele foi capaz de relevar as diferenças e insistir no relacionamento. As pessoas deveriam tentar mais.
Portanto, se quisermos ter um relacionamento estável e duradouro, devemos persistir sempre, conversar e resolver os problemas juntos, discutir, ceder e colocar a felicidade do companheiro (a) a frente da nossa. Só assim, pondo todo o orgulho e egoísmo de lado, encontráramos a nossa própria felicidade, a qual depende diretamente da felicidade de quem está ao nosso lado.

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